Health risk assessment
"Saúde" e "segurança" são normalmente palavras que vemos juntas, como se fossem um conceito único. No entanto, na indústria moderna, tomamos muito cuidado para lidar com os dois aspectos de forma específica, pois os riscos à segurança são imediatos e acontecem no local de trabalho, enquanto os riscos de saúde ocupacional são muitas vezes materializados em longo prazo e podem não se manifestar por muito anos.
As minas são locais de trabalho complexos que abrangem uma variedade de atividades potencialmente perigosas, bem como processos de engenharia arriscados. Ao mesmo tempo, as operações de mineração são geralmente situadas em ambientes remotos e difíceis, que são vulneráveis a catástrofes naturais e que contam com uma infraestrutura de saúde limitada.
Os membros do ICMM estão comprometidos com a proteção da saúde e do bem-estar de todos os seus funcionários. Os membros têm o objetivo de alcançar zero fatalidade. As medidas para alcançar essa meta incluem, entre outras, o entendimento dos riscos de saúde obtido por meio de uma avaliação dos riscos de saúde (ARS).
Uma ARS de sucesso é uma parceria entre consultores de saúde ocupacional, consultores de higiene ocupacional e industrial, gerentes e equipes operacionais. A ARS permite que as operações identifiquem riscos e perigos, desenvolvam um entendimento dos possíveis efeitos de saúde e meçam a exposição a substâncias nocivas.
O processo de ARS também envolve a consideração de fatores políticos, sociais, econômicos e de engenharia combinados com informações de avaliações de riscos para desenvolver, analisar e comparar as opções para obter melhores resultados de saúde.
Um desafio específico são as doenças relacionadas com o trabalho. Estas exemplificam a importância social e comercial de adotar uma abordagem robusta de ARS, pois podem por si só causar um impacto direto na produtividade e eficiência da empresa de mineração e metais, normalmente devido a:
- Perda de dias úteis;
- Subutilização de instalações de produção caras;
- Quedas em economias de escala;
- Diminuição da motivação;
- Maior rotatividade de funcionários;
- Perda de trabalhadores qualificados e experientes;
- Perda de investimento em treinamento e desenvolvimento;
- Dificuldades no recrutamento de novos trabalhadores de alta qualidade.
O documento do ICMM intitulado Boas Práticas para a gestão de riscos de saúde ocupacional, originalmente publicado em 2009 e atualizado em 2016, é uma tentativa de abordar essas complexidades e oferecer orientações sobre como lidar com elas.